Partiu Chile – Informações extras
E aqui
estamos nós outra vez! Pra fechar a nossa série Partiu Chile vamos falar sobre
Valparaiso, Viña del mar, e alguns detalhes a mais da viagem.
1 – Valparaíso e Viña del Mar – São os destinos praianos dos
chilenos que moram na capital. As cidades ficam a 117 km de Santiago e,
portanto dá pra chegar lá em 1 h mais ou menos. Ônibus entre Valparaíso-Vinha
del Mar, e Santiago partem várias vezes por dia.
Se você
está pesquisando sobre essas duas cidades é possível que esteja se perguntando
por que as pessoas sempre escrevem sobre elas juntas, como se fossem irmãs
siamesas. É porque na verdade é como se fossem. São cidades vizinhas que
praticamente se tocam e são tão próximas que são ligadas por um metrô.
Aliás, o
metro é sensacional e é uma das grandes atrações das duas cidades. Sua lateral
é toda em vidro e a linha passa a céu aberto de frente pro mar do Pacífico. A
vista é P-H-O-D-A. Mas apesar da proximidade entre elas, as cidades em si não
poderiam ser mais diferentes. Vamos, portanto uma a uma.
2 – Valparaíso – É onde fica o porto. A cidade existe entre
o mar e diversos cerros (morros) que ali estão. Os grandes atrativos turísticos
são: a vista do mar pelos cerros bem como seus Ascensores para a subida nos mesmos
(é sério, os funiculares de Valparaiso são tombados como patrimônio histórico),
a arquitetura dos imigrantes ingleses e alemães do Cerro Alegre, La Sebastiana - uma das
casas museus onde viveu Pablo Neruda (mas sobre estas falaremos depois), e o
museu a céu aberto no Cerro Bellavista.
Contado a real – Embora
coladas, uma não tem nada a ver com a outra. Valparaíso é uma cidade portuária
(e, portanto o cheiro é aquele clássico de regiões portuárias, urina etc.), e
apesar de todo o esforço do governo em pintar as casinhas dos morros e etc, se
você mora no Rio de Janeiro, vai perceber que não varia muito das favelas
cariocas. Aliás, varia um pouco. No Rio as pessoas nas favelas são mais
educadas. Toda generalização é perigosa, então, pode perfeitamente ser que eu tenha dado um pusta azar, mas que fique a nota do que vi lá: praticamente todas as pessoas que tivemos contato em Valparaíso foram
grosseiras e até mesmo agressivas (M – Até me ameaçaram de morte em um
ciber-café ahuahu.)
3 – Viña del Mar –
Absolutamente
diferente. Economicamente desenvolvida, Viña del Mar é tida como o balneario
dos ricos e tem casas e mansões luxuosas e que pertencem a celebridades. A
cidade é trabalhada para o turismo, é praiana, e os principais picos turísticos
são: o Cassino (próximo a ele rola um passeio de charretes tradicional), o
relógio de flores, o Museo de Bellas Artes, e o Museo Fonk (onde tem o único
Moai – aqueles ídolos gigantes da ilha de Páscoa – em terras continentais).
Romantic Spot nível médio-alto –
Para passear com a sua cara-metade, não perca a visita ao Castelo Wullf,
e um passeio pelo calçadão da praia ao entardecer, o pôr do sol do Pacífico é
mágico. O sol desce na água fazendo um efeito lindo. Aproveite o climinha.
Castelo Wullf ao entardecer
4 – A vida noturna de Viña del Mar
– Viña fervilha de noite, vale a pena passar pelo menos uma noite por lá. Para
curtir os bares e boates vá para o bairro Reñaca, tem muitas opções nas calles
Burgoño e Vicuña Mackena.
Agora
se você quer curtir até de manhã, vá para o cassino. Fica em um Resort de frente pra
praia e tem uma boate interna. Quando cansar da zoeira, vá ver o amanhecer da
mais bela praia de viña.
5 – As casas de Neruda – Agora,
quanto às casas-museu de Neruda no Chile, alguns leitores e amigos me
perguntaram sobre, então vou dar meu ponto de vista.
Parece
óbvio, de cara, pensar: “Neruda – poeta renomado – poesia – romance – blog
voltado para viagens de casal – casa onde o cara morou no Chile”. Só que não.
Quer dizer. Mais ou menos.
Neruda
é um poeta realmente incrível. Seu lirismo bebe do amor a mulheres, ao povo, a
pátria e as cidades chilenas, enfim. E realmente, ele tinha pelo menos três
casas conhecidas onde ele passava temporadas. Eram elas: La Chascona em Santiago, La Sebastiana em
Valparaíso e Isla Negra.
Destas,
conhecemos a de Santiago e a de Valparaiso. E agora...
Contado a real – É mega turistóide. Os caras
pegaram literalmente qualquer babilaque que Neruda tivesse encostado e colaram
pelas paredes (é sério, tem coisas tipo: a pedra pome que ele esfregava o pé.).
Você se sente meio idiota vendo aquilo (até porque, são coisas cotidianas que
podem ter saído do banheiro de qualquer um). Despoetizaram o cara. Só recomendo
se Neruda for realmente um ídolo, ou uma coisa espiritual para você. Daquelas
de fã mesmo. Eu gosto de Neruda, mas a
visita foi inútil e cara. Portanto, na minha singela opinião, é roubada.
Então, de volta a Santiago, se
você quiser fazer comprar, existem vários outlets com promoções de 50% às vezes
70% de marcas muito boas, não percam a Ripleys e a Falabella.
AH! E por fim, não posso deixar
de compartilhar essa curiosidade: Prestem atenção em Santiago nas
cafeterias do centro. Mas cuidado. Aparentemente, a idéia de cafeteria por lá
evoluiu dos “cafés franceses”, que de alguma forma distorcida e mutcho loka, foi
associado às prostitutas francesas que migraram para o Chile nos séculos 18 e
19.
Desta forma, não é incomum entrar
em uma cafeteria (tem várias no centro, como cafeterias comuns) no inverno de 8
graus de Santiago, e as atendentes estarem de couro, ou calcinha e sutiã,
mini-sainha e sabe-se lá que outro tipo de fetiche, normalmente em um platô
acima do nível dos clientes e abaixo do nível das cafeteiras.
Para desenhar: elas se dobram mostrando os decotes para
pegar o pedido, e viram de costas e se esticam para cima para fazer o café, de
modo a deixar o traseiro desguarnecido e a mostra. Claro que existem variações
de mais a menos comportadas, fetiches de aeromoças, colegiais e outros. O
sensacional é que os clientes, todos engravatados indo para o trabalho,
senhores, jovens, mulheres, etc, entram, pedem seus cafés e seguem na maior
naturalidade. Absolutamente curioso.
Ah, o Chile. Que lugar incrível. Se tiverem a oportunidade,
não deixem de ir. É uma viagem incrível para fazer a dois.
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